sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Após ser vetado pelo PR em ministério, Blairo protocola consulta para troca partidária


O senador Blairo Maggi, junto dos suplentes Cidinho dos Santos e Rodrigues Palmas, todos do PR, protocolou na quarta-feira (20) uma consulta ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sobre a possibilidade de perder o mandato no caso de trocar de partido. O senador estaria insatisfeito dentro do partido desde o fim de 2012, mas agora a situação estaria ainda pior pelo fato de a cúpula do PR ter vetado sua indicação a um ministério pela cota partidária.

"Senador da República que, acompanhado de seus dois suplentes, altere sua filiação partidária estaria sujeito à perda de mandato, nos termos do art. 13 da Resolução TSE nº 22.610, de 2007?", diz a íntegra do texto da consulta. A resolução citada é do ministro Cesar Peluso e afirma que os mandatos eletivos pertencem aos partidos. O caso de Maggi será analisado pela ministra Luciana Lóssio.

Em dezembro de 2012 o suplente Cidinho dos Santos, senador em exercício na época, já havia protocolizado uma consulta semelhante, mas não hoiuve resposta pelo fato de o TSE ainda estar muito ocupado com processos período eleitoral. Agora, Maggi reenviou o pedido de consulta, com exatamente o mesmo teor da primeira.

O motivo que levou Cidinho a fazer a primeira consulta foi o fato de ele e Blairo terem sido informados sobre convenção nacional do partido através da imprensa, tendo sido deixados de fora da discussão do comando do PR, que continuou nas mãos do senador Alfredo Nascimento (AM) e do deputado federal Valdemar da Costa Neto (SP).

Agora, Maggi pode ter reenviado o pedido por um parecer do TSE devido ao fato de a cúpula PR ter vetado o nome dele para ocupar o Ministério da Agricultura ou dos Transportes. Antes do carnaval, o nome do senador republicano era tido como certo em um desses dois ministérios da presidente Dilma Rousseff (PT) para manter o PR na base aliada.

Blairo Maggi já é assediado por pelo menos dois partidos, o PSB e o PMDB, a fim de aproximar ambos os partidos dos produtores rurais. No caso do Partido Socialista, o senador seria uma peça importante para um projeto político de Eduardo Campos (PSB), possível candidato a Presidência da República em 2014.

Fonte: Jardel P. Arruda/Redação

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