segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Fogo dura uma semana e fecha pontos turísticos no parque

O ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade) disponibilizou dois aviões, modelo Air Tractor (AT-8027), para auxiliar no combate ao incêndio, que já dura uma semana, e está consumindo a fauna e flora do Parque Nacional de Chapada dos Guimarães (a cerca de 40 km ao Norte de Cuiabá).

No parque, alguns pontos turísticos do Circuito das Cachoeiras foram fechados, segundo coordenador Cecílio Pinheiro. No local estão brigadistas e soldados do Corpo de Bombeiro, além de voluntários que combatem o fogo.

Alguns dos principais pontos turísticos do Parque Nacional foram fechados por conta dos focos de incêndio no local. O Morro de São Gerônimo, Circuito das Cachoeiras e a cachoeira Véu de Noiva não poderão receber visitantes.

O Rio Claro é o único ponto turístico do parque que continua aberto para visitação.

As duas aeronaves já estão em Chapada, prontas para iniciar o trabalho. O gestor ambiental do parque, Sandro Benedito do Carmo, disse que por enquanto os aviões não irão atuar diretamente no fogo.

“Nesses dois últimos dias conseguimos controlar bem os focos, que pararam de se alastrar. Os aviões vão fazer sobrevoar a área e mapear o perímetro atingido pelo fogo. Depois disso vamos avaliar a necessidade com combate direto com as aeronaves”, explicou o ambientalista.

Na quinta-feira (13) o site produziu uma reportagem informando a necessidade da utilização de aeronaves no combate a incêndio de grandes proporções.

Convênio nacional
Os dois aviões são integrantes de um convênio que o ICMBio firmou com uma empresa privada. Ao todo, oito aviões foram locados e são distribuídos nos parques nacionais, de acordo com a necessidade.

Os aviões com capacidade para 1.600 litros de água cada, e vão ficar no Parque por tempo indeterminado.

Será utilizado um aeródromo, no distrito industrial de Cuiabá, como base de operação para as aeronaves. Segundo o coronel, Júlio Rodrigues, os bombeiros ficarão encarregados de apoiar na logística com o abastecimento de água e envio de brigadistas para o combate em solo.

Prejuízos ambientais

Segundo o ICMBio, cerca de 10% da área do Parque foi consumida pelas chamas, o fogo está concentrado na região da Morraria do Quebra Gamela, agora segue em direção ao Morro de São Jerônimo.

Para evitar que as chamas cheguem ao Morro, às aeronaves concentrarão o combate nos focos de incêndio nessa região. Antes de chegar ao Parque Nacional de Chapada dos Guimarães, o fogo consumiu cerca de treze mil hectares, na área do entorno.

Trabalho em equipe

Homens do Corpo de Bombeiros e brigadistas do ICMBio continuam atuando na operação de combate. São 15 bombeiros e 25 brigadistas, que usam bombas costais e abafadores.

Eles são auxiliados por uma equipe do Ciopaer (Centro Integrado de Operações Aéreas) e Cindacta (Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo).

Pantanal e Xingu

Os incêndios também consomem áreas do Pantanal e do Parque Nacional do Xingu, em Mato Grosso.

O incêndio que atinge o Parque Nacional do Xingu começou em Querência (945 km a Nordeste de Cuiabá) já consumiu 5 mil hectares de vegetação nativa da Terra Indígena Wawi, dentro do perímetro do parque.

Segundo o coordenador do PrevFogo do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis, Cendi Ribas, há perigo do fogo se alastrar e atingir outras aldeias vizinhas.

Uma extensa área na região do Pantanal entre os municípios de Santo Antonio do Leverger e Barão de Melgaço, ainda não dimensionada pelos bombeiros, arde em fogo há dois dias.

Na tarde de ontem, policiais fizeram um voo na região para ter um diagnóstico mais preciso e estudar quais medidas adotar. O fogo consome áreas de pastagem e a mata nativa às margens do Rio Aricazinho, afluente do Rio Cuiabá.

Proibição Em Mato Grosso, foi prorrogado o período proibitivo de queimadas, que deveria acabar hoje. A decisão foi tomada pela Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema) após reunião com representantes do Comitê Gestão do Fogo, Bombeiros e Defesa Civil.

Além da prorrogação, a reunião serviu para debater as direções no combate aos focos de incêndio que já atingiram o Parque Nacional de Chapada dos Guimarães, Pantanal, áreas indígenas no Parque Nacional do Xingu. A medida visa a diminuir os riscos provocados pelo fogo nesta época do ano.

Desde que começou o período proibitivo, Mato Grosso registrou 14.832 focos de calor, segundo o satélite Aqua, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Em 2011 foram registrados no mesmo período 5.871 focos. Os cinco municípios com maiores índices de focos são: Feliz Natal, Paranatinga, Colniza, Ribeirão Cascalheira e São Félix do Araguaia.

Fonte: Midia News

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