quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Alto Paraguai: Grupo de Adair tentar reverter decisão com boatos

Um boletim de ocorrência registrado na Delegacia de Policia Civil em Diamantino em que o ex-secretários e membros do grupo político do prefeito cassado de Alto Paraguai, Adair José Alves Moreira (PMDB) tentam envolver o juiz membro do TRE-MT Dr. Samuel Franco Dália Junior em crime de venda de decisão.

Nessa tentativa desesperada por parte do grupo do Adair José estão como autores o ex-secretário José Valentin Camarço Neto, conhecido na cidade com “Zelão”, ferrenho defensor de Adair Moreira e denunciado pelo Jornal O Divisor por assediar funcionária da Prefeitura usando ferramentas sociais da internet em horário de expediente; outro autor é Jurandir Ferrer, chefe da licitação da Prefeitura e secretário municipal de Finanças que vem sendo investigado em licitações suspeitas durante o período que Adair José está a frente da Prefeitura de Alto Paraguai.

No BO registrado consta uma verdadeira Central de Boatos e Fofocas (CBF) tentando plantar informações para retirar do processo o relator e com isso reverter decisão para a volta de Adair ao poder de Alto Paraguai. Consta, ou mais conhecido no meio jornalístico como: “ouvi dizer” que relataram que um ex-vereador de Alto Paraguai José Leivinha teria dito para Paulo Ferrer, proprietário do marcado que vendia e muito para a Prefeitura quando Adair era prefeito de que o relator foi comprado e ainda teria um cheque para ser compensado.

Vale ressaltar que Paulo Ferrer é irmão de um dos denunciantes, Jurandir Ferrer que é vereador eleito pelo grupo de Adair Moreira e ex-secretários da mesma gestão, portanto possui interesse na causa em ver fora do caminho o grupo que está no poder.

Paulo Ferrer possuía antes da eleição um pequeno estabelecimento comercial e após ter ganho a licitação em que seu irmão atuava dentro da Prefeitura passou a ser um dos maiores supermercados da cidade, inclusive com veículos caçamba do Governo Municipal fazendo baldeação da zona rural direto para seu supermercado com assentados para fazer compras, fato este passivo de investigação.

Após feita a denúncia foi publicado uma matéria em um site da região com o titulo “Morador de Alto Paraguai denuncia político da atual prefeita” na tentativa de envolver novamente a imprensa nas armações para tentar impedir a continuidade do relator do processo. Essa prática de denuncismo por parte do grupo de Adair Alves Moreira tem se tornado comum em Alto Paraguai, chegando em uma armação explicita envolvida com edições de filmagens de um suposto mensalinho que acabou culminando com a prisão da maioria dos vereadores exceto os vereadores que apoiavam Adair, tudo para parar as investigações que terminou enviando ao MP as denúncias. Contra os vereadores nada ficou comprovado até agora, porém, a honra deles foi maculada e ferida sem consequências.

Nesse mesmo afã de denunciar também envolveram nomes numa investigação em que até a Policia Federal esteve envolvida, que culminou com a queda de desembargadores do TRE-MT. O relatório das investigações apontam envolvimentos de pessoas do distrito de Capão Verde e da cidade de Barra dos Bugres em conversas telefônicas, base do prefeito cassado Adair José.

Através de agravo regimental, além do relator ter negado a pretensão do grupo de Adair, o pleno por unanimidade negou a liminar. Um dos juízes teceu altos elogios à sentença que por três vezes foi mantida acusando Adair de irregularidades na prestação de contas da eleição de 2008.

Procurado pela reportagem, José Leivinha disse que já registrou boletim de ocorrência denunciando a prática e a armação dos membros do grupo do prefeito cassado em acusá-lo, e afirmou por telefone que nunca usou nome de ninguém e nunca teve, ou tem, contato com qualquer desembargar ou juiz e tudo não passa de uma tentativa novamente de querer a volta do Adair e para isso querem retirar do processo o relator, porém, esqueceram de dizer que o pleno por unanimidade reconheceu a competência do juiz de Diamantino ao negar o provimento do recurso de Adair. "É o desespero batendo a porta deles”, afirmou Leivinha.

Fonte: Redação/O Divisor

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