Reajuste de gasolina é apenas primeiro de uma série de aumentos

O reajuste no valor da gasolina anunciada pela Petrobras - Petróleo Brasil S/A, que chega a maioria das bombas dos postos de combustíveis a meia noite desta quinta-feira (31) é apenas o primeiro de uma série de aumentos que o governo deve realizar este ano. O mercado não reagiu bem ao ‘magro’ incremento feito pela Petrobras, e as ações da companhia brasileira caíram cerca 4,5% na Bolsa de Mercadorias & Futuros e Bolsa de Valores de São Paulo - BM&FBOVESPA.

A alta já era esperada, por causa da defasagem dos valores dos combustíveis no Brasil em relação aos valores praticados no mercado internacional.

O valor final que vai chegar ao consumidor ficará entre 3% e 5%. Ao menos é o que espera o Sindicato das Revendas de Combustíveis de Mato Grosso – Sindipetróleo. O diretor-executivo da entidade, Nelson Soares Junior, observa que o sindicato espera que a elevação não seja repassada ao consumidor na sua totalidade.

“A gasolina vendida em Mato Grosso já é uma das mais caras do país, por causa do frete, por isso entendemos que os empresários não devem transferir todo o reajuste para o consumidor”, argumenta.

Mas o que se verifica em muitos postos da capital e que reajuste já foi repassado na madrugada desta quarta-feira (30), é de 5% para o consumidor, pois a gasolina vendida na bomba é misturada com etanol – a gasolina C, diferente da gasolina A, pura, que teve reajuste de 6,6% nas refinarias.

O derivado de petróleo não foi o único combustível que sofreu alteração no preço. O diesel também passou por reajuste de 5,4%.

Os que têm carro bicombustível - motor que funciona a álcool ou gasolina, deve dividir o preço do etanol pelo da gasolina. Se o valor foi igual ou menor do que 0,7, o álcool vale mais. Se o valor foi maior do que esse valor, a gasolina é a melhor opção.

Mistura

O governo vai elevar a mistura de etanol na gasolina dos atuais 20% para 25% a partir de 1º de maio, com o objetivo de atenuar o reajuste do preço do combustível fóssil (gasolina).

Fonte: Rodrigo Maciel Meloni/Redação Olhar Direto