O Jornal O Divisor noticiou na sexta-feira (26.10) que o promotor de Justiça, Milton Pereira Merquíades ingressou com ação civil pública contra o Estado de Mato Grosso requerendo o aumento do efetivo de policiais militares e civis para as cidades de Diamantino e Alto Paraguai, embasado em estudo da Organização das Nações Unidos (ONU), que para cada 250 habitantes é necessário um policial militar.
De acordo com a média da ONU, Diamantino precisa de 80 policiais e Alto Paraguai, 40.
Merquiades mostrou esperança em conseguir pelo menos a metade desses números.
Merquiades mostrou esperança em conseguir pelo menos a metade desses números.
O técnico do IML de Diamantino, Alisson Batistoni comentou na página do Jornal O Divisor no Facebook que também é necessário investir mais em peritos criminais.
“A Politec desempenha a função de polícia técnica de Mato Grosso e dá o suporte técnico-científico nas investigações da Polícia Civil, sendo responsável pela produção da prova pericial. Posso estar sendo repetitivo, mas continuarei batendo nessa tecla, pois com essa cultura de prende-e-solta que temos no Brasil, podem colocar até 1000 policiais na rua que sem uma prova consistente nos autos, os meliantes voltarão para as ruas rapidinho”, observou.
Batistoni ressaltou que com a ausência de peritos criminais oficiais, os próprios investigadores da Polícia Civil fazem o levantamento no local de crime, na condição de perito Ad Hoc ou, às vezes, nem isso.
“Os depoimentos prestados perante o delegado são refeitos na fase processual, diante do juiz, de modo que o réu pode dizer uma coisa para o delegado (ou calar-se) e outra para o juiz. Já com as perícias isso não ocorre, pois são consideradas provas irrefutáveis e não precisam ser refeitas na fase processual. Portanto, sem a prova pericial, a denúncia do Ministério Público não fica bem embasada ou fundamentada, de modo que não é necessário ser um advogado muito brilhante para soltar o réu com muito mais facilidade. Então é mais do que oportuno que se peça investimentos também na área de polícia técnica, pois a unidade da Politec (medicina legal e criminalística) de Diamantino já existe no papel, mas carece de prédio próprio, pessoal e estrutura de trabalho. Só policiamento ostensivo não resolve, bandido preso tem que continuar preso”, desabafou.
Fonte: Redação - O Divisor
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