Após uma reunião entre a Congregação das Irmãzinhas da Imaculada Conceição e a Associação do Lar São Francisco ficou decidido que o Hospital São João Batista será devolvido para as Irmãs e, num prazo de 180 dias, a unidade será fechada. A decisão dos freis deve-se ao desgaste e a instabilidade causada por atrasos no repasse das verbas estaduais.
De acordo com o administrador do Hospital, a Associação dos Freis tem um contrato direto com a Congregação das Irmãs e, após uma avaliação de desempenho e condições de trabalho, a Associação decidiu encerrar o convênio com as irmãs. “Não vimos uma solução, uma possibilidade de melhora, por isso a Associação, nós freis, estamos deixando Diamantino e entregando o hospital para as Irmãs”, comunicou o frei.
Segundo frei Tarcísio, o Hospital continuará funcionando normalmente o que vai mudar é somente a administração. “Nós, frades, ficaremos aqui até o final de dezembro para poder devolver a gestão para as irmãs de uma forma tranqüila. Em assembléia, as irmãs avaliaram a história delas aqui, as condições humanas, a Congregação dela decidiu pelo encerramento das atividades. Com muito pesar, com muita resistência em tomar essa decisão, mas elas não tinham mais condições de manter essa obra”, explicou.
‘Nesse prazo de 180 dias que determina a lei para o fechamento de uma unidade hospitalar, as irmãs vão fazer a gestão desse hospital mantendo o atendimento o mais regular possível e esperamos que nesse período de 180 dias apareça uma solução, uma proposta, para que não se concretize o fechamento do hospital”, contou o gesto do Hospital.
O frei conta que todos os órgãos já foram comunicados. ‘Já protocolamos o comunicado na Secretaria Estadual de Saúde, já comunicamos o Polo Regional de Saúde e o Conselho Municipal de Saúde’.
Segundo a Irmã Maria Aparecida, conselheira da Congregação, as atividades da entidade serão voltadas para o social. ‘Nós vamos atender o lado social, obras assistenciais, não temos mais condições de manter o hospital’, pontuou. Ainda, segundo a irmã, o Lar São Roque não será afetado pelo fechamento do hospital.
A responsabilidade da administração do Hospital passará para Demilson Oliveira, que faz parte da equipe administrativa da sede da Congregação. Segundo ele todos os compromissos serão honrados. “Os funcionários já foram comunicados, todos eles receberão todos os seus direitos trabalhistas conforme manda a lei’, explicou.
Demilson enfatizou que a decisão de encerrar as atividades foi tomada porque a unidade ainda tem saúde financeira para saldar seus compromissos. “Ainda temos esse repasse, o que nos da um suporte para fazer o acerto trabalhista de maneira correta conforme deve ser feito’.
Frei Tarcísio ainda lembra que todas as metas do hospital são alcançadas e superadas. ‘Isso nos dá uma certa tranqüilidade, pois isso mostra que o trabalho está sendo bem feito. Mas ver a possibilidade do enceramento deste Hospital numa região carente, numa região que não vai ter serviço hospitalar com as condições que tem o São João Batista é preocupante, mas a gente não em mais condições”.
O frei onta ainda que, se ninguém assumir o Hospital, toda a parte de internação e cirurgia terá que ser feita em Cuiabá. “Vamos voltar à cultura da ambulância, que todo dia leva paciente para Cuiabá, aumentando muito o fluxo e os prontos atendimentos de cada cidade terá que ter uma eficiência maior para solucionar os casos, já que não terá mais o suporte do Hospital’.
‘Embora pareça difícil, embora seja duro a gente perceber essa situação, nós temos 180 dias em que uma proposta, uma negociação possa reverter essa situação. Eu disse para os funcionários e digo para a população que é um tempo de esperança e a gente permita que Deus haja nessa história nesses 180 dias. A Saúde é obrigação do Estado e a população tem cobrar a quem de direito, que é a Secretaria Estadual de Saúde. A saúde não é dever dos freis, não é dever das irmãs, nós viemos para somar. A responsabilidade é dos Estado, é ele quem deve ser cobrado’, finalizou.
Fonte: Redação / O Divisor
Foto: O Divisor
Agora a história se inverteu,sempre se ve motociclista sendo assassinados por caminhoneiros.
ResponderExcluirA saúde não pode ser tratada dessa forma! Cadê os recursos??? Uma vergonha a papulação não pode aceitar isso.
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