O Ministério Público do Estado (MPE) instaurou inquérito civil para investigar o sistema que ofereceria "risco aos interesses econômicos" dos participantes e pode esconder um esquema do tipo "pirâmide".
A promotora diz que vai remeter documentos a um dos colegas de Cuiabá. "As investigações apontam para a propagação do TelexFree em outros municípios do Estado. Acredito que, após ouvir e reunir provas em Lucas do Rio Verde, vou ter que mandar o inquérito para outro promotor de Cuiabá. A empresa dá ênfase no sistema de indicação de pessoas e não no serviço oferecido, não havendo qualquer ligação entre os ganhos do consumidores/divulgadores com a comercialização do serviço da TelexFree", apontou Fermanda, em trecho da portaria que abriu a investigação.
A promotora encaminhou ofício ao Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor da Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) pedindo que seja apurada uma possível infração administrativa. Ao Ministério da Fazenda, solicitou toda a documentação relacionada à empresa, cuja sede no Brasil fica em um shopping de Vitória (ES).
A TelexFree não tem números de telefone para contato. Em seu site oficial, consta apenas um formulário para o envio de perguntas, mas o serviço é aberto somente a usuários com cadastro.
Conforme o site Contas Abertas, estima-se que em 2012 a TelexFree faturou algo em torno de R$ 300 milhões. “Como se trata de uma pirâmide, a velocidade de multiplicação é imensa, fazendo com que este ano possamos chegar a algo em torno de R$ 1 bilhão, caso não quebre antes”.
Para entrar no negócio, há possibilidade de aderir ao ADCentral (US$ 299) e ADCentral Family (US$ 1.375). “O ‘modelo’ de empreendedor da empresa é um cidadão chamado Júnior, que faz vídeos com carrões e apartamentos que teria comprado, com dinheiro da Telexfree”.
Fonte: Reporter MT
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