Nos próximos dias um grupo de trabalho será criado pela Casa Civil, para avaliar a portaria do Ibama - que proíbe a utilização de inseticidas que contenham quatro princípios ativos específicos na forma de pulverização aérea-, e que tem preocupado o setor produtivo, especialmente os produtores de soja e algodão. A decisão foi tomada nesta quinta-feira (13.12), em audiência dos deputados e senadores que compõem a Frente Parlamentar da Agropecuária com a ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann.
O senador Cidinho Santos (PR/MT) cobrou a realização de audiências públicas e discussões mais amplas sobre o tema, já que o setor produtivo afirma que não foi procurado antes da publicação da medida proibitiva.
O parlamentar destacou ainda que participou de uma sessão no Senado, logo cedo, ocasião em que cobrou mais respeito por parte do Ibama para com os produtores rurais e estudiosos que, segundo ele, comprovaram ser ‘infundadas’ a alegações do órgão além de não serem condizentes com a realidade brasileira.
“Enquanto o professor da Universidade Federal de Dourados fazia sua explanação, o representante o Ibama, Márcio Freitas, ironizou o tempo todo. O mínimo que nós pedimos é respeito, por mais que isso não esteja de acordo com o que o órgão defende. Agora, é necessário que haja urgência no encaminhamento, pois os produtores já estão adquirindo produtos para 2014, ou seja, há um planejamento agrícola das propriedades e que também não foi levado em consideração pelo Ibama, o que pode gerar prejuízos absurdos”, alertou Cidinho durante a audiência.
Diante da observação, a ministra Gleisi Hoffmann disse que quer dar agilidade ao processo para que haja desfecho ante do recesso e agendou a próxima reunião para segunda-feira (17.12).
Já o grupo de trabalho será formado basicamente por técnicos, com representantes tanto do Governo quanto das entidades representativas do agronegócio, nesse caso, a Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja Brasil) – que foi representada na audiência pelo vice-presidente Carlos Fávaro-, e a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa).
De acordo com o representante do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), na próxima semana também deverá ser publicada uma nova portaria com alterações que – após intensa cobrança do setor produtivo – vêm sendo discutidas internamente e visam minimizar os impactos da medida. Dados revelam que os prejuízos pela não aplicação aérea destes - que são os principais inseticidas - poderiam chegar, somente nesta safra, à R$ 6 bilhões de reais.
Fonte: Assessoria de Comunicação
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