quinta-feira, 29 de novembro de 2012

DENGUE: Tapurah é o único município no Centro-Oeste com risco de surto da doença

Mato Grosso apresentou aumentos significativos no número de casos graves e mortes por dengue, segundo levantamento divulgado na terça-feira (27) pelo Ministério da Saúde. O Estado segue na contramão do restante do país, que apresentou redução de mais de 60% nos casos.

Até a segunda semana de novembro de 2012, o Estado registrou 180 manifestações graves da doença e 16 óbitos decorrentes da dengue, o que, em relação ao mesmo período do ano passado, representa um aumento de 291% e 220%, respectivamente.

Segundo o balanço epidemiológico divulgado pelo órgão, Mato Grosso já registrou, até 17 de novembro, 29.910 notificações de casos de dengue, o que o coloca como responsável por mais da metade das notificações registradas em todo o Centro-Oeste em 2012. Destes casos, 8.751 estão concentrados na Capital – contra 965 registrados em 2011.

O levantamento do Ministério da Saúde revela ainda que Tapurah (414 km ao Norte de Cuiabá) é o único município em toda a região do Centro-Oeste que apresenta risco de surto de dengue, integrando a lista de 77 cidades do país nessa faixa de risco.

A cidade mato-grossense apresenta um índice de infestação de 5,4% da doença, número este que é cinco vezes maior do que o recomendado, de acordo com o LIRAa (Levantamento Rápido do Índice de Infestação de Aedes aegypti), feito em todo o país.

O levantamento ainda aponta que outros sete municípios do Estado estão em estado de alerta – quando o índice do LIRAa fica entre 1% e 3,9%. Entre eles, figuram Cuiabá, com índice de infestação de 3,1%, Cáceres (3%), Santa Carmem (2,1%), Rosário Oeste (1,7%), Tangará da Serra (1,5%), Alta Floresta (1,1%) e Diamantino (1,1%).

Os números apresentados pelo Ministério da Saúde demonstram a necessidade, em nível de Estado, de um combate mais efetivo à doença, principalmente durante o período de chuvas, quando há um aumento dos focos do mosquito, que auxiliam na proliferação da doença.

O levantamento aponta que, no Centro-Oeste, 36,1% das larvas do mosquito se concentram em depósitos de lixo, enquanto os demais criadouros estão divididos entre reservatórios de água (31,7%) e depósitos domiciliares (32,2%).

De acordo com o Ministério da Saúde, um novo LIRAa deverá ser realizado no primeiro semestre de 2013, para controle da doença no país.

Investimento
O Ministério da Saúde afirmou que está repassando R$ 173,3 milhões aos estados e municípios brasileiros.

A verba deverá ser usada para qualificar as ações de vigilância, prevenção e controle da dengue no país, bem como aprimorar a assistência ao paciente com a doença.

O valor é 87% maior do que o repassado em 2011 e, neste ano, será destinado a todos os municípios do país.

No ano passado, apenas R$ 92,8 milhões foram transferidos a 1.159 cidades do país, que apresentavam maior incidência da doença.

Prevenção
Durante a apresentação do levantamento, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, fez um alerta para que os novos prefeitos não descuidem das medidas de prevenção e controle da dengue.

“Nós fazemos um alerta e um pedido para que os prefeitos municipais, nesse período de transição, não deixem de dar continuidade às ações de combate à dengue. O LIRAa é uma espécie de fotografia da dengue nos municípios, mas o risco persiste e a ação deve ser redobrada nesse período de maior ocorrência da doença", disse o ministro.

Fonte: Redação Clichoje

Nenhum comentário:

Postar um comentário