Uma gestante em trabalho foi encaminhada ao Hospital São João Batista, na última quinta-feira (24.10), e não pode ser atendida, em um primeiro momento, por falta de medicamentos.
A mulher deu entrada no hospital e, logo depois, foi encaminhada ao Pronto Atendimento (PA) de Diamantino, onde foi estabilizada. Logo depois foi reencaminhada ao hospital.
“Vamos ver o que temos aqui para atendê-la e depois vamos avaliar se podemos ou não fazer o parto, médicos nós ainda temos, mas medicamentos e os materiais cirúrgicos estão no final. Vamos ver se com nossos recursos conseguimos realizar esse atendimento”, ponderou frei Tarcísio, gerente do hospital.
Desde o último dia 22 que o hospital suspendeu as internações e cirurgias devido à falta de recursos. O Estado não vem fazendo o repasse estipulado em contrato, no valor de R$ 365 mil mensais.
“Hoje eles nos devem aproximadamente R$ 1 milhão. Eles não fazem o repasse por inteiro, sempre vem R$ 10 mil, R$ 15 mil, o que não é suficiente para pagar as contas”, explica o frei, que disse que ainda precisa parcelar o salário do corpo clínico.
As dívidas do hospital ultrapassam os R$ 600 mil e, de acordo com a administração, os fornecedores não querem mais vender para a unidade. “Estamos comprando de quem vende, não é possível fazer cotação de preços”, conta frei Tarcísio.
O gerente da unidade explicou ainda que essa dívida é única e exclusivamente com o governo estadual. “Nosso problema é com o Governo do Mato Grosso, a Prefeitura de Diamantino não tem nada a ver com isso. Quero deixar isso claro”.
Fonte: Redação – O Divisor
Estranho, o hospital é totalmente do governo?
ResponderExcluirO hospital não deveria agir de tal maneira, pois ele também é auto-sustentável, não deveria apenas depender dos repasses do governo, se ele também é um hospital particular.
Atende por diversos planos de saúde, particular, e "também" pelo SUS, não totalmente pelo "SUS".
Acredito que não deveria estar nessa situação, parcialmente fechado, se é um hospital que também rende lucros próprios.
A cidade de Diamantino não agrega valores, praticamente não há movimento de unimed, particulares e outros convênios. A estrutura é muito cara, são aparelhos como intensificador de imagens, monitores e outros e não há politica no Brasil que diminua os impostos dos equipamentos. Os médicos ganham pela tabela do SUS menos que qualquer outro profissional, por isso há o atual contrato a fim de corrigir parcialmente a distorção da tabela vergonhosa. Os planos estão em crise, também repassam com giro de 2 meses e o imposto é de 27,5%. A população deseja o serviço mas é ausente na participação do processo; acredito que desta vez o hospital fechará suas portas, soma-se ao 75 % dos hospitais falidos no Brasil. Reinaldo Gil, médico.
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