Em site, promete documento é entregue em 5 dias; UFMT, Unic, Univag e Unemat são citadas
A denúncia foi feita pelo site do jornal O Globo, na manhã desta terça-feira (10)
Em seu site (http://educationalcenter.webs.com), a empresa garante a entrega do diploma “com total sigilo e segurança”.
Os diplomas são comercializados por valores a partir de R$ 410, que podem ser divididos em até duas vezes. Ou seja, pagando o preço, todos podem se tornar médicos, engenheiros e jornalistas, por exemplo, em menos de uma semana.
O site possui a logomarca do MEC (Ministério da Educação) para dar mais veracidade à empresa, além de listar mais de 100 instituições públicas e privadas que seriam atendidas e apontadas como vinculadas à EAD Center.
Apenas em Mato Grosso, oito instituições são listadas, entre elas, a UFMT (Universidade Federal de Mato Grosso), a Unemat (Universidade do Estado de Mato Grosso), a Unic (universidade de Cuiabá), a Univag (Centro Universitário de Várzea Grande) e a Unirondon Centro Universitário.Na página, a empresa ainda garante a inclusão de histórico com notas e número de registro acadêmico.
Apesar de não disponibilizar um telefone para contato, apenas um e-mail, o site recomenda o preenchimento de um formulário e envio de documentos para confecção do processo, iniciado após o pagamento da primeira parcela, que poderá ser feita via depósito bancário ou transferência online.
Serviço garantido
Em um trecho da página de perguntas frequentes, a empresa enaltece o fato de ser “a única a oferecer tal serviço com tamanha riqueza de detalhes, desde a solicitação até a entrega do diploma especificado”, até mesmo, contando com uma Central de Atendimento Telefônica para acompanhamento do processo.
No site, a empresa ainda garante que todos os diplomas são credenciados e licenciados pelo MEC (Ministério da Educação) e demais órgãos regionais de educação, afirmando que o documento é publicado no Diário Oficial.
“São diplomas emitidos por algumas instituições (públicas ou particulares) com a respectiva certificação de licença pela Secretaria Estadual de Educação, sendo assim licenciada pelo MEC para funcionamento. Consequentemente, o diploma e todo e qualquer documento emitido pela mesma será legal, sem nenhum risco”, afirma outro trecho do site.
A EAD Center afirma que, com os diplomas vendidos, os adquirentes podem, ainda, retirar sua carteira de registro profissional (como a OAB, para quem quer exercer a função de advogado). Mas, a empresa também orienta os clientes a comprarem os registros, caso possuam interesse. “Se desejar, poderá também estar verificando a possibilidade da compra dos registros nos conselhos de classe, que são necessários para o exercício da função”, diz outro trecho.
A empresa possui ainda um espaço com depoimentos de possíveis “clientes” que teriam ficado satisfeitos com o serviço prestado - Confira as imagens na galeria.
Outro lado
O MidiaNews entrou em contato com as universidades citadas. As assessorias de imprensa da UFMT, Unemat e Univag irão se pronunciar sobre o caso ainda hoje.
Na Unirondon, porém, ninguém atendeu aos telefonemas da reportagem.
Ao jornal O Globo, o Ministério da Educação negou ter vínculo com a empresa e informou que vai acionar o Ministério Público Federal e a Polícia Federal para investigar o caso.
A Unic informou, por meio de nota enviada pela assessoria, que não possui vínculos com a empresa e que desconhece a prática ilícita.
A universidade vai acompanhar a investigação solicitada pelo MEC.
Confira a íntegra da nota abaixo:
"A Universidade de Cuiabá (UNIC) informa que não possui nenhum vínculo com a EAD Center Diplomas e que desconhece essa prática ilícita supostamente exercitada pela empresa com instituições públicas e privadas em todo o Brasil. Sempre zelando pela transparência das ações, a UNIC esclarece que todos os atos praticados pela instituição estão de acordo com a regulamentação do ensino superior vigente no país e que acompanhará a investigação do caso solicitada pelo Ministério da Educação (MEC) ao Ministério Público Federal (MPF) e à Polícia Federal (PF) para tomar todas as providências legais cabíveis".
Fonte : MT Agora - Midía News
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