Bombeiros e brigadistas do ICMbio não souberam retornar após combates. Parque de Chapada dos Guimarães diz que mantém contato com grupo.
Um grupo de 10 bombeiros e mais 20 brigadistas do Instituto Chico Mendes (ICMbio) aguarda resgate desde às 20h (horário de Mato Grosso) desta quarta-feira (12) na região de morraria do Parque Nacional de Chapada dos Guimarães, localizado a 65 quilômetros de Cuiabá, que registra focos de incêndio no seu entorno há cinco dias. Nesta terça-feira (11), as chamas adentraram a área do parque e já consumiram uma área equivalente a três mil campos de futebol, segundo informações do Instituto Chico Mendes, que administra o parque.
O grupo, composto apenas por bombeiros, foi deslocado ao parque de helicóptero para combater as chamas no início da manhã desta quarta-feira (12), às 7h. No local, eles se juntaram aos brigadistas e passaram a apagar o fogo por volta das 9h. Os combates se intensificaram e todo grupo percorreu uma extensa área e acabou não encontrando o caminho de volta que leva à base de controle do parque.
Em contato com um dos bombeiros que integra o grupo. Ele não quis se identificar, mas relatou que todos estão sem água, comida e extremamente cansados. Inclusive, uma pessoa teria torcido o pé, o que dificultou o avanço do grupo pela mata para encontrar o caminho que dá acesso à base. “Nós paramos para não machucar ninguém. Estamos num local muito distante, numa morraria. Fomos treinados para em uma situação como essa parar e esperar resgate. Temos uma pessoa que torceu o pé e isso dificulta o nosso retorno”, afirmou o bombeiro.
Para a administração do parque Nacional de Chapada dos Guimarães, o grupo não está perdido, porque mantém contato via celular com a base operacional do parque. A administração ressaltou ainda que deslocou carros para resgatar a equipe e que faz orientação da trilha a ser percorrida também via rádio-comunicador.
Para o coordenador do Centro Integrado Multiagências de Coordenação Operacional (Ciman), órgão de combate a incêndios no estado, coronel Júlio Cézar Rodrigues, o local onde o grupo combateu as chamas durante toda esta quarta-feira é de difícil acesso. “A gente sabe das dificuldades porque onde eles estão é um lugar de difícil acesso. O retorno demorou mais que o previsto. Mas eles têm GPS e estamos a todo momento enviando coordenadas para se localizarem na mata”, informou. Até as 23h20 (horário de Mato Grosso), o grupo não havia sido resgatado do parque Nacional de Chapada dos Guimarães.
Fonte: G1 MT
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