Pai, filho e funcionário de fazenda foram executados com tiros na cabeça, em Novo Mundo
Terminou em tragédia o sequestro de três pessoas da família do fazendeiro João Afanácio Lima, de 60 anos, da cidade de Novo Mundo (785 km ao Norte de Cuiabá).
Além do próprio João, o filho Anderson de Lima e o funcionário da fazenda, Wilson Silva Santiago, ambos de 24 anos, foram sequestrados na última sexta-feira (17) e executados com um tiro na cabeça cada um.
Eles foram levados a cerca de dois quilômetros da sede da fazenda e ficaram num cativeiro improvisado.
O desfecho ocorreu na madrugada desta quinta-feira (23), com a prisão de três suspeitos.
Os presos são Rogério Pessoa Freire, 27, acusado de ser o mentor do seqüestro, Jiovani da Silva Lima, 18, e Joab da Silva Pontes, 19.
Os três foram detidos no cativeiro e, com eles, foram apreendidos celulares das vítimas, com os quais eles faziam negociação com familiares.
Segundo o delegado Flávio Stringueta, da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), que está no local, os três executaram as vítimas no mesmo dia em que ocorreu o sequestro. Mesmo assim, continuaram a negociar com a família, exigindo resgate para libertar os três.
Durante o período em que as vítimas estiveram desaparecidas, os criminosos procuraram a família do fazendeiro, que também era proprietário de uma rede de supermercados de Novo Mundo, para pedir resgate no valor de R$ 6 milhões.
O delegado não mencionou valores, mas a família já estava providenciando o dinheiro quando os policiais chegaram até o cativeiro e se depararam com os sequestradores. E, para a surpresa, também com os corpos.
“Foi uma tragédia, não esperávamos que isso (a morte dos reféns) ocorresse”, informou Stringueta.
Ao delegado, os três disseram que se perderam durante as negociações, mas tinham a intenção de matar as vítimas, uma vez que são conhecidos e poderiam identificá-los.
Rogério, Jiovani e Joab, que foram levados para Sinop (500 km ao Norte da Capital), serão autuados em flagrante por sequestro seguido de morte e extorsão.
“A extorsão, porque tentaram tomar dinheiro da família das vítimas, mesmo depois dos assassinatos”, explicou o delegado.
O crime de sequestro seguido de morte prevê pena mínima de 24 anos e a progressão é somente a partir de dois quintos.
Fonte: Midia News
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