Melhor nota no Ideb, escola investe em projetos (Foto: /Divulgação/ Arquivo Escola Luiza Nunes Bezerra) |
O trabalho coletivo em equipe e o acompanhamento diário dos alunos são as principais lições que colocaram a Escola Estadual Luiza Nunes Bezerra, localizada em Juara, a 690 quilômetros de Cuiabá, na primeira posição no ranking mato-grossense entre as escolas do Brasil do 6º ao 9º ano, no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). Com nota de 6,3, a escola ficou acima da média estadual para esta faixa de ensino, de 4,5, e da média nacional, de 4,1 pontos em 2011.
O Ideb é o principal indicador para medir a qualidade do ciclo básico do ensino brasileiro e foi divulgado na terça-feira (14) pelo Ministério da Educação (MEC).
A primeira avaliação foi feita em 2005 e desde então uma nova é realizada a cada dois anos. Para chegar ao índice, o MEC calcula a relação entre rendimento escolar (taxas de aprovação, reprovação e abandono) e desempenho na Prova Brasil, aplicada para crianças da 4ª e 8ª séries do Ensino Fundamental e do 3º ano do Ensino Médio.Para a diretora da escola, Helena Rosa, o resultado na avaliação se respalda na dedicação da equipe de profissionais e também na participação efetiva dos alunos.
“Sempre buscamos realizar um trabalho que vá além das quatro paredes da sala de aula. Temos as disciplinas curriculares, mas também aliados a projetos de aprendizagem que têm chamado a atenção dos alunos.
Com isso, eles passam mais tempo aqui [escola] do que em casa ou na rua”, ressaltou a diretora ao G1.
Entre os trabalhos realizados pela unidade escolar se destaca um voltado a educação ambiental: “Nossas Mãos Podem Salvar o Planeta”. O projeto, segundo a diretora, é um trabalho inovador e que tem o objetivo de estimular a reciclagem de plásticos e transformá-los em obras de arte, como quadros. Inclusive, o projeto ficou em primeiro lugar em um concurso nacional, realizado em junho, e ganhou o prêmio como iniciativa mais inovadora do Brasil.“É um trabalho que começou há pouco tempo e que todos os alunos participam. Eles têm a oportunidade de realizar um trabalho diferente e ainda poder expor à comunidade e familiares”, pontuou a diretora.
A escola conta 840 alunos e foi construída há quase 30 anos. No 9º ano (8ª série) são 120 alunos divididos nos turnos da manhã e da noite. O índice do Ideb na escola superou em um ponto a meta projeta para 2011 que foi de 5,3.
A diretora Helena Rosa atribui ainda a qualidade de ensino no incentivo à leitura que é projetado na Sala de Leitura, trabalho também desenvolvido pelos professores que consiste em retirar os estudantes das salas de aula tradicionais e levá-los para um espaço reservado.
São 40 minutos dedicados a leitura de diversos livros semanalmente e reproduzidos posteriormente em poesias, paródias e maquetes. “É difícil eles se dedicarem a ler em casa ou até na sala de aula. Por isso, os professores realizam esse trabalho de incentivo que tem garantido um retorno muito maior”, frisou a diretora ao contar ainda que na escola também existe uma rádio educativa.
Pior nota
A pior escola de Mato Grosso na pontuação do Ideb está em Cáceres. A Escola Municipal de Clarinópolis obteve 2,2 pontos, em relação as notas das séries finais no estado.
Por outro lado, na lista das melhores escolas está o Centro Municipal de Ensino Antenor Soares, em Tangará da Serra,que ficou em segundo lugar com a nota 5,8. O terceiro lugar entre as unidades com melhor nota no Ideb ficou para a Escola Municipal PG Dona Sabina Lazarin Prati, de Campo Verde, que obteve 5,7 pontos.
A capital mato-grossense Cuiabá teve uma escola classificada em quarto lugar com 5,7 pontos obtidos pela Escola Estadual Souza Bandeira, localizada na Avenida Fernando Corrêa da Costa. Com a melhor pontuação da cidade nas séries finais, a diretora Lucimar Martins atribui a qualidade de ensino com a participação dos pais no desenvolvimento escolar do aluno.
Segundo Lucimar Martins, o sistema desenvolvido é voltado a disciplina do aluno e “um olhar diferenciado para cada”. “Temos que acompanhar o estudante não só no que se refere a sala de aula, mas também nos problemas que eles trazem de casa. Os professores também atuam em conjunto para ajudar o estudante a caminhar”, reforçou.
Fonte: G1 MT
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