O intuito é traçar o perfil desse grupo que aumenta significativamente, o que possibilitará aplicar de forma preventiva exercícios físicos e orientações que irão contribuir para um envelhecimento saudável e autônomo. Na tese de doutorado que realizou na Universidade de São Paulo (USP), propôs alternativas de compreensão melhor do idoso.
“O crescimento do número dos idosos, associado ao aumento das comorbidades devido ao processo biológico do envelhecimento, amplificado pelo desuso e estilo de vida causará grande impacto no sistema público de saúde. A detecção precoce de incapacidade funcional decorrente de condições crônicas pode ser realizada por meio da investigação do desempenho em testes físicos.
Portanto, o presente estudo pretendeu desenvolver um instrumento que pudesse classificar o desempenho físico de idosas e estabelecer um índice de referência para adequação desses resultados, o IDFGI.”, explicou. Para pesquisa foi procurada uma população que estivesse independente para as atividades da vida diária ou próxima da independência, mas que não fossem atletas.
Neste sentido, os centros de convivência foram utilizados para selecionar amostras, pois, estudos transversais e longitudinais mostram que altos índices de atividade social, como a encontrada nos centros de convivência, são favoráveis para manutenção da capacidade funcional.
Participaram do estudo 289 idosas recrutadas ao acaso em três centros de convivência, avaliando o perfil sócio demográfico, atividades instrumentais de vida diária (AIVD), antropometria e 10 testes físicos que analisaram agilidade, velocidade, equilíbrio, flexibilidade, resistência muscular e força; e a partir dos resultados obtidos nos 10 testes físicos foi estabelecido o IDFGI.
A maioria das idosas era de procedência urbana, católica, com ensino fundamental incompleto, não trabalhava, tinha residência própria, excesso de peso corporal, renda familiar menor que um salário mínimo, independentes em relação às AIVDs, considerava sua saúde entre boa e muito boa, com duas ou mais comorbidades e usava entre um e dois medicamentos regularmente. Contudo, o IDFGI pode avaliar de forma personalizada o desempenho físico, facilitando a orientação de programas de exercícios físicos e assim, prevenir futuras incapacidades.
Para interiorizar o trabalho, uma parceria com a UNED e a Secretaria Municipal de Ação Social está em conversação. A professora Waléria Fett defende que o trabalho em conjunto irá somar força e troca de saberes. “Nosso laboratório que estuda também envelhecimento conta com estrutura e equipe preparada, nosso propósito está sendo alcançado no que diz respeito interiorizar e expandir estudos para esta população.
O objetivo é traçar o perfil do idoso mato-grossense começando pela cidade de Diamantino em parceria com a UNED e o grupo Viver Legal, mantido pela Secretaria de Ação Social do município”, observou. Para que haja êxito serão aplicados diversos testes físicos funcionais, antropométricos e epidemiológicos.
Diamantino terá o perfil do idoso nesses parâmetros o que possibilitará intervir de forma precisa na prevenção, reabilitação dessa população, fortalecendo programas de atividades físicas orientadas, propiciar trabalho multiprofissional entre os profissionais da saúde o que possivelmente minimizará gastos com a saúde desse grupo. “Com a execução desses testes a Secretaria de Ação Social e a UNED terão parâmetros para melhor intervir junto ao grupo da terceira idade.
Tal pesquisa poderá servir de exemplo para as cidades vizinhas, pois a sua aplicação é fácil de ser feita, basta ser treinado pelo LAFIME, além de ser um profissional de Educação Física”, argumentou. O professor Leonardo Regis fez a pesquisa do perfil funcional do idoso do grupo Viver Legal de Diamantino e a realização completa da pesquisa será agendada junto aos órgãos competentes.
Fonte: Assessoria de Imprensa
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